Episódio 3 “Desenvolvimento Sustentável e Soberania na Amazônia”
Sinopse: A importância global do bioma amazônico é diretamente proporcional à magnitude e à variedade de demandas que a Amazônia nos apresenta. Por essa razão, tratar de temas que envolvem a floresta e seus processos é necessariamente complexo, multissetorial e dinâmico. E tal complexidade se intensifica ainda mais quando consideramos a impossibilidade de se pensar a Amazônia sem ter em mente os desafios relacionados às mudanças climáticas e às disputas de poder no cenário internacional.
Ainda que a Amazônia ocupe esse lugar de centralidade para a preservação da vida no planeta, isso não pode colocar em xeque a soberania (e, consequentemente, a responsabilidade) das nações que a integram. O respeito à soberania nacional atrelado ao princípio das “responsabilidades comuns, porém diferenciadas” é chave para se pensar caminhos de cooperação para a Amazônia, que tenham como mote o desenvolvimento sustentável e que permitam ao Brasil exercer seu papel de liderança nas questões climáticas.
É urgente a construção conjunta de políticas e estratégias nacionais que respeitem a floresta e que tragam seus diversos agentes e saberes para o centro do debate. Como primeiro passo, é fundamental, portanto, reconhecer a diversidade amazônica. Sem se atentar para suas particularidades, corre-se o risco de traçar políticas genéricas, incongruentes e ineficazes.
Ambientalistas, populações indígenas, povos ribeirinhos, agentes de inteligência e segurança pública, organizações militares e universidades devem, por exemplo, estar juntos na promoção de sistemas agroflorestais que garantam um equilíbrio entre as plantas frutíferas e as espécies madeireiras, de modo a assegurar uma produção proveitosa e uma economia baseada na natureza. Além disso, devem também agir em consonância para coibir as diferentes ilegalidades que coexistem na Amazônia, como o narcotráfico, o comércio ilegal de espécies de fauna e flora, a exploração da madeira e o garimpo desenfreado. Qualquer tipo de ação ilegal ou de desrespeito à floresta materializa uma ameaça ao Brasil e subtrai as oportunidades que poderíamos ter como potência ambiental, um interesse de todos nós.
Participantes:
Diretora adjunta de Políticas Públicas do IPAM, é engenheira agrônoma formada pela Universidade do Estado de Santa Catarina (UDESC), em 2007, com especialização em Economia e Meio Ambiente pela Universidade Federal do Paraná (UFPR) em 2009. Trabalhou como responsável técnica e diretora da empresa EcoRural Meio Ambiente e Desenvolvimento, com assessoramento a processos de adequação e regularização ambiental de propriedades e atividades agropecuárias e perícias técnicas, regularização fundiária e mercado de terras, e em instituições do terceiro setor e consultorias ligadas aos temas de meio ambiente, clima e desenvolvimento sustentável. Tem experiência em elaboração, execução e coordenação de projetos; em elaboração, implementação, facilitação de processos participativos e monitoramento de políticas públicas para o combate ao desmatamento, regularização
É professor permanente da Escola de Comando e Estado-Maior do Exército (ECEME), atuando no Instituto Meira Mattos (IMM) e no Programa de Pós-Graduação em Ciências Militares (PPGCM). Editor da revista Coleção Meira Mattos. Coordenador Geral do projeto Defesa Nacional, Fronteiras e Migrações: estudos sobre Ajuda Humanitária e Segurança Integrada (Edital PROCAD-Defesa-2019). Possui graduação em História pela Universidade Estadual de Londrina (UEL, 2001), mestrado em História pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (UNESP, 2004) e doutorado em Desenvolvimento Sustentável pela Universidade de Brasília (UnB, 2013). Trabalhou como Coordenador do Programa de Pós-Graduação em Ciências Militares (PPGCM/ECEME) 2016; Coordenador do projeto Faixa de Fronteiras e Ameaças Emergentes (2015-2019); Coordenador do curso de graduação em História do Centro de Estudos Superiores de Tefé da Universidade do Estado do Amazonas (CEST/UEA, 2007-2008); Coordenador da Especialização em História contemporânea da Universidade de Uberaba (UNIUBE, 2005-2006). Atuou ainda como Coordenador de Diagnósticos Socioeconômicos no Brasil (Diagonal/Biopalma, 2012) e no exterior (Diagonal/Vale-Indonésia, 2011). Tem interesse em temas como: Forças Armadas na Amazônia; Missões das Forças Armadas nas Fronteiras; Meio Ambiente e Defesa; Desenvolvimento Sustentável; Migrações e Defesa; Estratégia; Teoria da Guerra; Clausewitz, dentre outros.