Em artigo de opinião publicado no Nexo Jornal, a Coordenadora de Pesquisa do Centro Soberania e Clima, Bruna Ferreira, argumenta que a crise climática não é neutra em termos de gênero e que, portanto, as mulheres, e alguns grupos de mulheres mais que outros, são desproporcionalmente afetadas por seus impactos.
“Segundo o relatório Justiça Climática Feminista: um Quadro para Ação (2023) da ONU Mulheres, caso o cenário de aumento de 3°C na temperatura do planeta se concretize, mais de 158 milhões de mulheres e meninas serão levadas à pobreza até 2050 – 16 milhões a mais do que o número esperado para homens e meninos no mesmo cenário. Além disso, 236 milhões de mulheres e meninas poderão sofrer com a insegurança alimentar – 131 milhões a mais do que o número esperado entre homens e meninos.”
Bruna também chama atenção para a sub-representação das mulheres nos processos de tomada de decisão sobre o clima e a importância de uma abordagem interseccional para a justiça climática.