Como foi discutido no webinar organizado pelo Centro Soberania e Clima, “O que o Brasil vê como oportunidades e desafios na agenda da Soberania e do Clima?” (16/08), o Brasil é parte fundamental das discussões sobre governança ambiental e climática, sobretudo porque detém parte significativa da biodiversidade global. A bacia Amazônica, por exemplo, é um importante ativo estratégico nacional, pois além de ocupar 58,9% do território brasileiro, abriga 10% de todas as espécies da fauna e da flora do mundo, 20% da água doce existente e 60% das florestas tropicais, possuindo papel crítico no ciclo de captura de carbono do planeta. Importa ainda destacar que a maior parte dessa biodiversidade está localizada em solo brasileiro.
Ao mesmo tempo, a Amazônia voltou a ganhar a atenção internacional devido ao aumento das taxas de desmatamento. Dados divulgados pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), em maio de 2021, mostram que o desmatamento na Amazônia Legal declinou de 2004 a 2012, caindo de 27.772 km² para 4.571km². Porém, a partir de 2013, as taxas de desmatamento na região voltaram a crescer, passando de 5.891 km² em 2013 para 7.536 km² em 2018 e atingindo 13.235 km² em 2021.
Nesse contexto marcado por oportunidades e desafios para o Brasil em relação à governança ambiental e climática, surgem as seguintes questões:
Quais são as expectativas de distintos atores internacionais a respeito do Brasil no contexto das perspectivas ambiental e climática? Como essas expectativas perpassam as questões de soberania brasileira? Como criar debates construtivos e convergências com esses distintos atores no cenário internacional?
O Webinar “O que o mundo espera do Brasil na agenda da Soberania e do Clima?” pretende debater essas e outras questões com especialistas de diferentes áreas:
– Marcelo Furtado – Centro Soberania e Clima.
– Mariana Kalil –Professora da Escola Superior de Guerra (ESG).
– Adalberto Verríssimo – Co-fundador do Imazon e Coordenador do Projeto Amazônia 2030