O Ciclo de Webinars Soberania e Clima em debate vem discutindo, com especialistas de distintas áreas, temas que tocam a agenda da Soberania e do Clima no contexto brasileiro. Nesse sentido, foram debatidas questões relacionadas às oportunidades e aos desafios que o Brasil enfrenta, às expectativas que distintos atores nacionais e internacionais têm a respeito da atuação brasileira no âmbito da governança climática e ambiental, bem como às políticas que as/os governantes eleitas/eleitos nas eleições gerais de outubro devem colocar em prática para enfrentar os desafios das mudanças climáticas.
No quinto encontro deste Ciclo de Webinars organizado pelo Centro Soberania e Clima, iremos debater o tema “Biodiversidade, Biopirataria e Inteligência”, que tem por objetivo discutir como a atividade de Inteligência atua nesse contexto do combate à biopirataria, da proteção da biodiversidade e do meio ambiente, bem como das mudanças climáticas.
A discussão insere-se no debate que será realizado por governantes do mundo todo durante a 15ª Conferência sobre Biodiversidade (COP15) da Organização das Nações Unidas (ONU), que será realizada entre 7 e 19 de novembro em Montreal, no Canadá. A COP 15 tem como objetivo central estabelecer um conjunto de metas para orientar a ação global até 2030 e estabelecer uma estrutura global sobre biodiversidade a fim de deter e reverter a perda da natureza.
No Brasil, o crime organizado tem aumentado sua presença principalmente na Amazônia e no Pantanal, de onde riquezas incalculáveis são drenadas para o exterior, causando prejuízos ao país e às comunidades tradicionais que desenvolveram os conhecimentos durante séculos. Este cenário precisa de uma resposta forte por parte do Brasil, e a Inteligência pode colaborar de forma incisiva. Nesse sentido, é necessário que se mude a forma de entender o que é Inteligência para que possamos percebê-la como um instrumento de gestão eficaz e capaz de atuar de forma transversal às políticas públicas de clima, biodiversidade, segurança pública, defesa e soberania, ofertando conhecimentos úteis, objetivos, imparciais, confiáveis e oportunos, que possam subsidiar a tomada de decisões por parte das autoridades governamentais.
Diante desse contexto surgem então algumas questões: Como a atividade de Inteligência pode ajudar no combate à Biopirataria? Quais as contribuições da atividade de Inteligência para a preservação da biodiversidade e do meio ambiente? Como a atividade de Inteligência pode atuar na proteção dos conhecimentos produzidos pelas comunidades tradicionais? Qual o papel da atividade de Inteligência no que diz respeito às mudanças climáticas? Que contribuições setores como a academia, a sociedade civil e instituições de pesquisa sobre meio ambiente podem fornecer para a atividade de inteligência no combate à biopirataria e preservação da biodiversidade? Como vincular ações de diferentes setores para ações de monitoramento e combate à biopirataria?
O Webinar “Biodiversidade, Biopirataria e Inteligência” pretende discutir essas e outras questões com especialistas de diferentes áreas no dia 22/11/22 (terça-feira) das 10h00 às 11h30 no canal do Centro Soberania e Clima no Youtube.
Conheça os palestrantes:
Antônio Augusto Muniz de Carvalho é Oficial de Inteligência aposentado da Agência Brasileira de Inteligência (ABIN), onde atuou por 36 anos. Na Agência foi Secretário de Planejamento e Gestão, Diretor de Tecnologia e Diretor de Administração. Foi também Diretor-Presidente da Empresa de Processamento de Dados do Espírito Santo (Prodest), Diretor-Presidente da Associação das Empresas Estaduais de Processamento de Dados (ABEP). Atualmente é consultor em Inteligência, membro fundador e Coordenador de Inteligência do Centro Soberania e Clima.
Luiz Sallaberry é Oficial de Inteligência aposentado da Agência Brasileira de Inteligência (ABIN), onde atuou por 39 anos. Durante sua carreira na agência, foi Assessor de Planejamento, Diretor de Inteligência Estratégica, Diretor de Contraterrorismo e Diretor da Escola de Inteligência da Abin.
Rachel Biderman é Senior Vice President for the Americas da Conservation International. É Advogada, Mestre em Ciência Ambiental (USP), Mestre em Direito Internacional (American University – Washington College of Law), Doutora em Gestão Publica-FGV. Atua também como Co-Facilitadora da Coalizão Clima, Florestas e Agricultura.
Rafael Costa é Diretor-Geral do Centro Gestor e Operacional do Sistema de Proteção da Amazônia (CENSIPAM). Possui larga experiência na área de tecnologia e com atuação voltada à produção de conhecimento especializado sobre a região Amazônica. Realizou o trabalho pinheiro de união de iniciativas conjuntas de proteção ambiental, criando o Grupo de Integração da Amazônia (GIPAM), que reúne uma equipe com representantes de onze instituições governamentais para realizar a análise de dados e informações, já disponíveis em cada órgão, visando otimizar o trabalho das equipes de campo durante operações de cunho ambiental. É coordenador da Subcomissão de Integração de Sistemas do Conselho Nacional da Amazônia (CNAL) e secretário-executivo do Conselho Deliberativo do Sistema de Proteção da Amazônia (Consipam). Rafael é perito criminal federal, mestre em ciência da computação pela UFRGS.